sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Camarão de ambulante. Um risco, um prazer.

Você está desde cedo debaixo de um coqueiro ou de um guarda sol. Lentamente, aprecia uma cerveja bem gelada (ou uma caipiroska, divinamente preparada em um quiosque ou mesmo numa barraca de praia). Olha o cardápio, prevê a demora no atendimento para uma porção, um tira-gosto. No mesmo instante, os vendedores ambulantes, meio que lendo seus pensamentos, começam a se aproximar, oferecendo diversas guloseimas, que vão do sorvete de mangaba à camarões cozidos, prontos para o consumo.
Nesse instante, o teor alcóolico - ou o estômago à roncar - elimina qualquer possibilidade de um raciocínio lógico. E lá vai você embarcando numa generosa porção (FOTO ACIMA) por inofensivos R$ 10,00. A procedência do camarão, o armazenamento do produto, a higiene na sua preparação ? Perguntas que você dificilmente faria, ou dificilmente teria uma resposta.
Faz parte da aventura, nas praias nordestinas. Não é uma recomendação, muito pelo contrário. É um risco, e dos grandes. Mas resista se for capaz. Eu não consegui. E lá se foi a porção, e lá se foram as várias garrafas de cerveja. E lá se foi um risco que valeu a pena ter corrido.
Essa história passou-se na praia do Futuro, em Fortaleza. Mas estende-se por todo o litoral nordestino. É assumir o risco pelo prazer de alguns instantes que marcam para sempre.

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